Seja para ampliar o seu negócio ou para garantir o funcionamento em tempos de crise, muitos empreendedores buscam investimentos externos para ajudar na conquista de seus objetivos ou manutenção das suas atividades.
Em tempos de pandemia medidas foram anunciadas pelo governo na tentativa de auxiliar as pequenas e médias empresas. A principal delas foi a linha de crédito emergencial, de R$ 40 bilhões, para financiar no máximo, dois salários mínimos por trabalhador. A empresa terá 6 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo e os juros serão de 3,75% ao ano, valor igual a da taxa SELIC atual.
Mas será que essa medida está sendo suficiente?
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae na semana passada e divulgada pelo G1 e também pela Revista PEGN mostrou que 60% dos pequenos negócios que buscaram empréstimos tiveram o pedido negado.
As linhas garantidas para financiar salários serão administradas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas são exclusivas para pagamento de salários não abrangendo demais custos fixos que a empresa pode ter como aluguel, água, luz, fornecedores entre outros.
Por isso economistas e empresários dizem que as pequenas empresas continuam enfrentando grandes dificuldades para ter acesso as linhas de crédito com juros mais baixos e que as medidas anunciadas pelo governo ainda não resultaram em maior acesso ao crédito. Isso se dá pelo temor que os bancos têm a inadimplência já que as demais condições não são garantidas pelos recursos do Tesouro Nacional.
Uma das dificuldades enfrentadas é o aumento da taxa de juros, e para conter tais aumentos a Justiça Federal do Distrito Federal concedeu uma liminar na quarta-feira (15) proibindo as instituições do Sistema Financeiro Nacional de tomarem medidas para aumentar a taxa de juros ou intensificar as exigências para a concessão de crédito.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos admitiu que existem dificuldades para que os empréstimos cheguem de fato as empresas e pessoas que precisam. Em outras palavras, o aumento da capacidade de crédito não gerou um aumento no volume de empréstimos.
O mapeamento realizado pelo Sebrae também demostra que os setores mais impactados foram o turismo, construção civil, alimentação fora do lar, moda e varejo tradicional além de outros 10 segmentos que totalizam mais de 12,3 milhões de negócios e respondem por mais de 21,5 milhões de empregos.
Alternativas além das linhas de crédito
Se por algum motivo a sua empresa teve seu pedido de empréstimo negado ou não tem condições de arcar com os juros que envolvem esse tipo de medida, temos algumas dicas que podem te ajudar a contornar essa situação:
1. Renegocie seus custos fixos.
Esse é o momento de renegociar contratos, mesmo em momentos como esse o melhor é a relação ganha-ganha, onde ambas as partes envolvidas podem ter algum benefício. Ao renegociar seus contratos sua empresa ganha com a redução de custos e o fornecedor ou proprietários de imóveis não deixa de receber, mesmo que em parte o valor que lhe é devido. Antes um valor mais baixo do que a inadimplência.
2. Adapte o seu negócio.
Vendas e atendimento online, entregas delivery, uso de aplicativos próprios ou de terceiros… muitos empreendedores ainda são relutantes em aderir a essas estratégias, mas esse é o momento de repensar sua estratégia. Empresas que já tinham essas medidas estão se saindo melhor do que aquelas que ainda precisam se adequar a essa nova realidade.
3. Planejamento financeiro e tributário
Se muitas empresas antes não faziam planejamento seja por falta de tempo, seja por falta de conhecimento, agora consegue perceber o quanto essas medidas são importantes. Isso pode fazer com que você pague mais impostos do que deveria e perca controle do seu fluxo de caixa. Em momentos como esse é ainda mais importante fazer a gestão financeira do seu negócio e reduzir os gastos com impostos.
Se você não sabe por onde começar e precisa de ajuda para manter seu negócio de pé procure um especialista em finanças ou uma contabilidade especializada no seu ramo de atividade, isso pode fazer toda a diferença.